Ibiti: 43 anos inspirando sonhos e possibilidades

Em 1982, nascia o Ibiti Projeto. Naquele ano, terras degradadas ao redor do Parque Estadual do Ibitipoca começaram a ser compradas. Aos poucos, a natureza foi retomando seu espaço, e o projeto, transformando vidas. Agora, 43 anos depois, esse sonho se tornou realidade e vem conquistando pessoas do mundo inteiro. Para celebrar o Dia do Ibiti e o Dia do Muriqui, ambos comemorados em 27 de agosto, reunimos trechos de depoimentos que capturam o sentimento de quem conhece este território em regeneração. Viajamos para pertencer, não para consumir “Acabo de voltar de uma imersão de uma semana no Ibiti Projeto, no coração de Minas Gerais, Brasil. O Ibiti me fez lembrar por que viajamos: para pertencer, não para consumir. Montanhas e nascentes. Farm-to-table. Risadas em longas mesas onde moradores e viajantes trocam histórias sobre a vida, a natureza e o sentido das coisas. Uma escola que ensina propósito vivendo-o no dia a dia. Rewilding de 6.000 hectares. Espécies ameaçadas reintroduzidas. Uma imersão na natureza que cura e transforma. Arte que potencializa a natureza; e natureza que potencializa a arte. Um modelo que compartilha a propriedade, para que o valor permaneça com as pessoas e com o lugar. Minhas reflexões em três palavras: Fluxo. Abundância. Propósito. Isto não é hospitalidade como de costume. É regeneração em essência – e funciona. Tenho orgulho de apoiar o Ibiti Projeto com a Regenopolis: trazendo o mundo para o Ibiti, e o Ibiti para o mundo.” Ibiti é bom demais! Falando assim, do jeitinho que a gente tá acostumado na região, o Ibiti hoje virou um cantinho especial de Minas, pertinho do Parque do Ibitipoca. São 6 mil hectares! Dá pra colocar quatro Parques de Ibitipoca ou mais de oito mil campos de futebol! E voltou a ter muito bicho por aqui: é muriqui, jacutinga. A gente cuida mesmo da natureza e também planta mais de 100 tipos de alimentos, tudo orgânico! E ainda dá  oportunidade para o pessoal da região trabalhar, aprender e vender seus produtos. É a terra do Seu Nilo, que viu a vila ressurgir; da Janice e do Gabriel, que escolheram criar família na comunidade; e de visitantes estrangeiros que levam este pedacinho do Brasil em seus corações. Tem café especial, morango docinho, girassol, lavanda, filosofia e espiritualidade. Tem trilha, cachoeira, lago, comida boa, arte e muito lugarzinho gostoso pra ficar: casa no alto do morro, na vila e na fazenda. Quem chega sente logo o clima: é pra respirar fundo e se renovar, saindo mais leve e feliz. Isso aqui é a minha vida “Esse projeto foi uma glória. Não só pra mim, pra mais família que chegou, que tava precisando. O Rafael, outros mais… Porque aqui antes era muito ruim de serviço. Às vezes tinha trabalho, outro dia não. A gente andava 8 quilômetros, 10 quilômetros a pé, debaixo de chuva, sol, pra plantar lavoura.. Não tinha emprego, não tinha nada. Tem que agradecer. Quantas famílias estão sendo sustentadas por esse projeto? Hoje eu sinto que eu sou outra pessoa. Converso com muita gente diferente. Isso pra mim é uma terapia. Essa vila, esse projeto se tornou pra mim, praticamente, uma família, porque, amanhece o dia, já tô com o pé aqui dentro. Tenho esse privilégio de não gastar um transporte pra trabalhar, posso tomar um café e almoçar em casa. Não tem nada que paga isso.”