Segredos da mata: conheça as árvores do Ibiti e suas histórias

12 de novembro de 2025

Caminhar pelas trilhas do Ibiti é também atravessar o tempo: cada árvore conta uma história de regeneração, abrigo e beleza. Sua preservação começa pelo conhecimento e pelo respeito ao meio ambiente. As árvores do Ibiti guardam lendas, significados e são verdadeiras guardiãs da floresta, fornecendo sombra, abrigo e alimento para todos os seres vivos. E, claro, são encantadoras! 

Pesquisadores que passaram por aqui catalogaram centenas de espécies, incluindo ipê-amarelo, quaresmeira, paineira, embaúba, mulungu, candeia, entre tantas outras. Muitas dessas árvores estão identificadas com placas, facilitando o reconhecimento durante o passeio. 

Outras são protagonistas de histórias contadas por guias e moradores da região. A seguir, conheça algumas das árvores mais emblemáticas dentro do território do Ibiti Projeto, todas registradas por olhares apaixonados de visitantes e colaboradores do projeto!

Ipê-amarelo

Nativo da América do Sul e muito presente no Brasil, o ipê-amarelo é celebrado pela exuberância de suas flores que desabrocham no fim do inverno, tornando-se um verdadeiro símbolo nacional. Entre agosto e setembro, colore as matas do Ibiti e encanta os visitantes. As flores, consideradas comestíveis, são usadas por alguns chefs na gastronomia. E atraem diversos insetos, abelhas e pássaros, especialmente os beija-flores, que desempenham papel essencial na polinização.

Ipê-amarelo clicado pela bióloga Priscila

Quaresmeira

Uma árvore ornamental nativa do Brasil, especialmente da Mata Atlântica. Costuma florescer na época da Quaresma, o que lhe dá o nome popular, chamando atenção no meio da floresta por suas vistosas flores roxas ou rosadas. 

Mais uma foto incrível da bióloga Priscila

Araucária

No Mirante do Cruzeiro, 42 mudas de araucária foram plantadas, formando o símbolo da paz. Essa espécie, que se destaca na paisagem a caminho do Areião, existe no planeta há cerca de 200 milhões de anos. Floresce entre outubro e dezembro. Produz pinhas que contêm o pinhão, que amadurece entre abril e junho e serve de alimento para os animais, como a gralha-azul, e os humanos.

Registro do artista plástico Cacaio

Jequitibá

No Ibiti, foram plantadas duas mudas: uma no Engenho Lodge e outra na Vila Mogol, em frente ao restaurante Yucca. Patrimônio da Mata Atlântica, o jequitibá – que pode viver por mais de 500 anos – reflete o compromisso do Ibiti Projeto com a longevidade e a sustentabilidade. Está entre as árvores mais altas da flora brasileira, podendo atingir de 50 a 60 metros de altura. Oferece abrigo e alimento para diversas espécies da fauna, que se aproveitam de seus frutos e da proteção de seus galhos elevados.

Clique da jornalista Bebel

Mulungu

Presente em diversas áreas do Ibiti, essa árvore é endêmica do Brasil e conhecida tanto por suas propriedades medicinais quanto por sua beleza. Também chamado de bico-de-papagaio, é tradicionalmente utilizado como calmante natural, podendo ser encontrado em chás, cápsulas ou tinturas. Entre junho e setembro, floresce em tons vermelhos vibrantes, enquanto perde suas folhas, atraindo principalmente beija-flores.

Cacaio também enviou essa imagem

Sapopema

(Árvore dos Sete Cavaleiros)

Uma sapopema de mais de 350 anos com tronco oco desperta a curiosidade de quem passa pela trilha no meio da mata próxima ao Garnet. A lenda conta que, durante uma forte tempestade, sete viajantes encontraram abrigo em seu interior, despertando a curiosidade sobre a espessura do seu tronco oco por dentro. Seus frutos são cápsulas lenhosas que se abrem liberando sementes aladas.

Mhanoel, da Oikos, mandou essa

Candeia 

Nativa do Cerrado e Campos Rupestres, a candeia possui madeira resistente e aromática, rica em óleo essencial utilizado na medicina popular e na indústria de cosméticos. Suas flores brancas ou amareladas desabrocham entre março e maio.

Registro da agrônoma Janice

Juçara 

A palmeira juçara é fundamental para a regeneração florestal, mas está ameaçada pela extração do palmito. No Ibiti, seus frutos são aproveitados para a produção de juçaí (similar ao açaí), geleias e sorvetes, enquanto as sementes são reintroduzidas na natureza, incentivando a conservação. Na vila Mogol, diversas mudas foram plantadas com o envolvimento da comunidade, que também participa da celebração da Festa da Juçara.

O agrônomo Gabriel registrou essa

Paineira

Entre as Estátuas e o Garnet, destaca-se um majestoso exemplar de paineira, cujo tronco e flores chamam a atenção na paisagem. Floresce intensamente no verão e outono. Os frutos são grandes e, ao amadurecer, liberam paina sedosa.

Foto do Diego, do Ibiti Astros

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