É simples, delicada e inconfundível. Uma linha curva, um movimento orgânico, um traço leve que carrega em si toda a força da natureza e da regeneração. Essa é a logo do Ibiti: um desenho que muita gente carrega no peito (literalmente), sem nem sempre saber sua história.
O símbolo que representa o Ibiti nasceu da ideia de capturar, em uma imagem única, tudo o que floresce por aqui: a beleza selvagem, a simplicidade da vida no campo, a exuberância da Mata Atlântica, o cuidado com o detalhe. E foi uma flor – uma bromélia nativa, endêmica da região – que inspirou tudo.
A Billbergia distachia, encontrada nos paredões e interior da mata, foi a musa do artista plástico mineiro Cacaio Souza. A convite do fundador do projeto, Renato Machado, ele subiu e desceu as trilhas na Pedra do Gavião, com a câmera na mão, registrando formas, cores e texturas das bromélias de Ibitipoca. Depois de muitas fotos, estudos e experimentações, chegou ao traço essencial.
“Desenvolvi vários croquis e pinturas até chegar à forma mais simples, elegante e fácil de ser reconhecida”, conta Cacaio.
A escolha não poderia ser mais simbólica. As bromélias são plantas resilientes, que crescem em lugares improváveis, abrigam pequenos ecossistemas e fazem parte do ciclo da vida em florestas tropicais. Transformá-la no emblema do projeto é uma forma de homenagear a flora local e lembrar que, por aqui, tudo começa pela natureza.



Logo do Ibiti tatuada na pele, gravada na história

Com o tempo, a logo ganhou um significado ainda mais afetivo. Virou até tatuagem! Muitos colaboradores do Ibiti escolheram marcar a pele com o símbolo da flor – como uma lembrança viva da conexão com esse lugar.
Quer ver a flor que inspirou a logo bem de perto? No Café Gaia, na vila Mogol, há um vaso com um exemplar vivo da Billbergia distachia, acompanhado de uma plaquinha com seu nome científico.
A agrônoma do Ibiti, Janice Ventorim, explica que o desenho da logo representa a flor ainda em botão fechado, antes da abertura total. “Representa o ciclo natural da regeneração, que começa de forma discreta, mas cheia de vida”, diz ela.