Ibiti Projeto ganha homenagem musical. A Suíte N° 1, composta por Lucas Soares, foi apresentada em concerto de piano na Oca
Conhecido por unir sustentabilidade, cultura e arte, o Ibiti agora também tem uma trilha sonora para chamar de sua. O pianista residente Lucas Soares apresentou pela primeira vez a Suíte N° 1, uma obra inédita composta em homenagem ao Ibiti, em dois concertos emocionantes realizados na Oca em novembro de 2024. Escrita especialmente para o projeto, a suíte é composta por 13 peças que traduzem, em música, a essência do lugar, suas histórias e seus personagens.
Inspirado pelas belezas naturais e pela atmosfera única do Ibiti, Lucas descreve sua obra como “uma tradução modesta de percepções do mundo na linguagem dos sons”. Cada peça carrega um significado especial: da densidade imponente de “Jequitibá Rosa”, que evoca a majestade dessa árvore centenária, à leveza de composições mais curtas, quase como retratos musicais. Entre as inspirações, o pianista menciona os grandes mestres da música clássica, como Bach, Chopin e Liszt, que ajudaram a moldar a narrativa da suíte.
Além de ser uma homenagem ao Ibiti, a Suíte N° 1 é dedicada a Berenice Machado, fundamental na trajetória de Lucas. Ao ouvi-lo tocar há 16 anos na Fundação Guairá, em Andrelândia (MG), ela o incentivou a aprofundar seus estudos e o conectou ao professor Benito, em Juiz de Fora, marcando seu desenvolvimento pianístico. Na primeira página da edição da partitura, essa dedicatória está registrada, celebrando o impacto que a visão e a sensibilidade de Berenice tiveram em sua vida.
Lucas Soares dedica Suíte N° 1 a Berenice Machado, grande incentivadora do pianista
Piano histórico no palco da Oca
As apresentações foram ainda mais marcantes pelo instrumento escolhido: o piano Steinway de 1874, que completou 150 anos este ano. Fabricado com jacarandá brasileiro e carregado de história, o piano foi transportado do Gaia Café até a Oca em uma operação cuidadosamente planejada. “Foi uma logística complexa. Chamamos uma equipe especializada para desmontar, transportar e remontar o instrumento, tudo acompanhado de perto pelo afinador Carlos Gustavo Kersten”, relata Lucas.
Além de todo o cuidado com o transporte, o ambiente da Oca trouxe uma dimensão única à experiência. “A acústica da Oca é fascinante. A madeira e a piaçava absorvem quase todo o som, o que dá ao espaço uma característica de estúdio”, comenta o pianista.
Conexão entre culturas
Lucas destacou a emoção de juntar dois mundos aparentemente opostos: a Oca, que representa as raízes culturais dos povos originários brasileiros, e o piano, um símbolo da tradição europeia na música. “Colocar esses dois elementos no mesmo espaço foi uma experiência interessante, um encontro de culturas e tempos diferentes”, reflete o pianista.
Os concertos reuniram hóspedes, colaboradores e convidados especiais do Ibiti, criando momentos de contemplação e conexão. “Tivemos pessoas do restaurante, do SPA, da recepção, da obra, do Muriqui… Foi incrível ver todos saírem de seus cantos para ouvir e se envolver com a música”, conta Lucas.
Próximos passos
Com a estreia da suíte concluída, Lucas já planeja gravar as peças em estúdio para eternizar essa homenagem musical ao Ibiti. “Gostaria muito de registrar essas composições, que nasceram tão conectadas ao espírito do projeto e às histórias que ele carrega”, compartilha.
“Essa música é sobre o Ibiti, mas também é para todos que amam o que ele representa. A música tem o poder de nos transportar, de nos fazer perceber nuances que, muitas vezes, nos escapam no dia a dia. A ideia era traduzir as texturas, os sons e a energia do Ibiti em algo que todos pudessem sentir”, finaliza.
Como as teclas do piano histórico de 150 anos demonstraram na Oca, a arte tem o poder de conectar histórias, tempos e culturas em uma harmonia especial.
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